quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Blowin in The Wind - Bob Dylan
Foi escrita por Bob Dylan em 1962 e lançada no seu segundo álbum de estúdio The Freewheelin'  Bob Dylan, 1963.
A letra desta canção apela a temas muito importantes:
a paz, a guerra e a liberdade.
O refrão " The answer, my friend, is blowin' in the wind" (literalmente "a resposta, meu amigo, está soprando no vento" quer dizer que a resposta está mesmo ao nosso alcance, nas nossas mãos, todos podemos fazer a diferença, todos e cada um de nós pode lutar por um mundo melhor, tão simples como o vento que sopra no nosso rosto.
 
 
 




Versão Amigável da Convenção Lanzarote em ebook

Convenção do Conselho da europa para a proteção das Crianças Contra a exploração sexual e os abusos sexuais.

A versão original tem mais de  50 artigos, mas que não são fáceis de entender por crianças e jovens, pelo que esta publicação foi preparada especialmente para dar a conhecer aos seus leitores mais jovens os direitos e a proteção dadas pela Convenção.






Ex.mos (as) Srs. (as),
A Unidade de Saúde Pública do ACeS Tâmega I – Baixo Tâmega (integra os concelhos de Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende) em parceria com o Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE (CHTS, EPE) estão a promover um Congresso, nos dias 6 e 7 de dezembro, na Casa dos Picotos – Rosém – Marco de Canaveses: “Saúde Pública de Proximidade… Partilha dá Saúde”.
Este surgiu como uma estratégia para, entre outros, aproximar a Unidade de Saúde Pública do ACeS da população que pelo mesmo é abrangida, bem como partilhar saberes entre a comunidade, os profissionais de saúde, educação e todos os que trabalham diariamente em sinergia com a saúde, criando um momento de reflexão entre profissionais de áreas que, apesar de distintas necessitam trabalhar em estreita colaboração.
Este Congresso tem como principais objetivos:
- 6 de dezembro, dirigido à comunidade - envolver a comunidade para a adoção de estilos de vida saudáveis;
- 7 de dezembro, dirigido a profissionais de saúde, educação e todos os que trabalham, diariamente, em sinergia com a saúde - partilhar saberes nas diversas áreas da saúde Pública – benchmarking.
Pretendemos proporcionar dois dias de partilha de saberes, enriquecidos pelos contributos dos diversos intervenientes.
Desta forma, vimos dirigir o convite para que possam partilhar estes dias connosco.
Com os nossos melhores cumprimentos,
A Comissão Organizadora
USP ACeS Tâmega I - Baixo Tâmega
As inscrições são gratuitas:
Para inscrições individuais, de elementos da comunidade ou profissionais no dia 6, e apenas para profissionais no dia 7 (com inscrições limitadas ao espaço) – link:
Riscos na adolescência

Na adolescência os comportamentos de risco associam-se à autoafirmação, à procura de identidade, à necessidade de ser aceite, ao questionamento e ao desafio permanente que a mudança impõe.
Ser mediador dos limites, fronteiras, escolhas não é uma tarefa fácil, nem para a família, nem para a escola, nem para a sociedade.
A relação com os outros nesta etapa da vida é fundamental, o caminho faz-se atravessando frustações e satisfações, testando  competências, confrontando dúvidas e sobretudo monitorizando as escolhas. Para ser grande, sê inteiro e INFORMADO.


O Gabinete de Informação e Apoio (GIA) já está em funcionamento e destina-se a ti.
 
Pretende-se dinamizar:

* o atendimento aos alunos com a colaboração da enfermeira, nutricionista e psicóloga, equipa PES); Ver horário.
* o projeto IMC (Índice de Massa Corporal);
* atividades lúdicas e pedagógicas nas temáticas da saúde e sexualidade.

domingo, 20 de novembro de 2016


Atividades

O trabalho interdisciplinar coeso e dinâmico, permitir-nos-á aumentar a frequência e a eficácia de ações pedagógicas que previnam comportamentos de risco e promovam opções saudáveis.

Sugestão de atividades para educadores:


sábado, 19 de novembro de 2016

A importância do silêncio...saber ouvir


"...Foi nessa altura que um homem, vindo do lado de cima, virava agora a esquina, e começava a descer aquela mesma rua, e pelo mesmo passeio em que eu a subia.
Assumi, tacitamente, que aquele homem e eu iríamos passar um pelo outro, naturalmente, e cada um de nós seguiria o seu caminho, como acontece tantas vezes, em cada hora que passa, numa cidade onde há ruas e pessoas que as percorrem e se cruzam.
Não foi, porém, isto o que naquele momento daquela tarde tranquila aconteceu.
Aquele homem, quando se achou suficientemente próximo de mim, parou subitamente. Parou – e o peso da sua presença, e a forma particularmente intensa com que me olhou, obrigaram-me a mim a parar também.
Sem se deter um instante em formalidades de natureza social, aquele homem dirigiu-se-me. Dirigiu-se-me – e invadiu-me com uma tal explosão de palavras que lhe jorravam da boca como uma conduta de água que tivesse, de repente, rebentado. E invadiu-me com o peso da ansiedade que cada uma dessas palavras transportava para dentro de mim.
Não falava, propriamente, comigo; não falava, sequer¸ propriamente para mim: as palavras, a música da voz, a intensidade do olhar, as expressões fisionómicas, e a linguagem corporal daquele homem eram eficazes instrumentos através dos quais este homem me invadia, violentamente, com o que o torturava.
Tinha acabado de sair dos serviços administrativos do hospital militar que naquela altura ficava a uns metros dali. Tinha estado na guerra, no Ultramar. Combatera em Angola durante anos. Tinha sido emocionalmente atingido pela infinita brutalidade da guerra, e pela infinita estupidez dos homens que as promovem.
Agora, a Pátria que ele servira, ignorava-o. Não o ouvia. O antigo combatente da guerra em defesa da Pátria desesperava do combate que a Pátria, que tinha deixado de precisar dele, movia agora contra ele. Era agora um combatente impotente na guerra contra uma Pátria impotente e ingrata.
Naquela tarde doce de Primavera, ouvi distintamente, nas palavras de um homem que nunca tinha visto antes, e nunca voltaria a ver, o que ele naquele momento não conseguia conter dentro de si próprio: ouvi a indignação que o consumia; a violência do sentimento de injustiça que o invadia; ouvi-lhe o terrível ruído da revolta, e aquele que a raiva da impotência para se defender da brutalidade com que a Pátria agora o ignorava.
Ouvi-o. Ouvi-o talvez durante uns quinze minutos; talvez vinte. Não lhe disse uma única palavra. Ouvi-o. Ouvi-o em pé, imóvel, naquele mesmo passeio em que nos cruzámos por mero acaso.
Subitamente, este homem revoltado, à beira do descontrolo, parou de falar.
Parou – e olhou-me ainda mais intensamente, mas desta vez com uma expressão diferente nos olhos; olhou-me agora com perplexidade, numa expressão inquisitiva, talvez até mesmo doce, no meio de todas aquelas emoções desordenadas. Fixou-me, e eu a ele. Franziu intensamente as sobrancelhas, ao mesmo tempo que dava um passo atrás, afastando-se ligeiramente de mim. Recuou, talvez, um passo, um curto passo, como se me quisesse ver melhor, como se quisesse, talvez, perceber qualquer coisa que o surpreendia mas que no entanto parecia estar naquele momento a passar-se entre nós. Olhou-me longamente.
Num estranho e intenso silêncio, olhava-me ainda. Senti o impacto da sua perplexidade, mas não lhe lia o sentido.
Ainda em silêncio, levantou o braço direito, e apontou levemente para mim, como que à distância, ao longe.
E naquela posição, estática, particularmente concentrada, como se estivesse a representar uma estranha peça de teatro, disse-me, embora talvez mais como se estivesse a dizer-se a si próprio: ‘Mas… mas… o senhor sabe ouvir!…” E no instante em que acabou de dizer essa curta frase: ‘o senhor sabe ouvir…’, voltou-se de novo para a rua, agora de costas para mim, e sem mais uma palavra, retomou o seu caminho no sentido em que, uns minutos antes, descia aquela mesma rua tranquila.
Pela minha parte, no entanto, sei bem que levei aquela conversa comigo para a vida, e que ainda hoje ela me ensina a seguir, mais atentamente, a forma como as pessoas falam umas com as outras, e como, falando, raramente falam umas com as outras.

João Sousa Monteiro
Lisboa, 29 de Agosto, de 2016

(Dr. João Sousa Monteiro, Psicanalista Lisboa, 29 de Agosto, de 2016 Dedico esta curta história a João dos Santos, o meu primeiro grande Mestre na difícil arte de ouvir, e na descoberta da interminável preciosidade do silêncio).

"João dos Santos é uma presença luminosa do século XX. A sua ação nos domínios da saúde e da educação marca o nosso pensamento mais inteligente, e mais sensível, sobre a infância." António Sampaio da Nóvoa, 6 de Setembro de 2013

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